Uma prévia do que vai rolar!
PATY DEJESUS
Pathy DeJesus já nasceu DJ, e as iniciais do sobrenome estão aí pra comprovar. Mas antes disso, a paixão pela música e pelo ato de embalar uma pista de dança fazem parte do dna dela: o pai integrou uma das lendárias equipes de som paulistas dos anos 1970, e já promoveu vários bailes no estilo ‘nostalgia’.
Hoje ele assiste, orgulhoso, as conquistas da filha, que em pouco tempo de vida pública dedicada ao assunto, já tocou em praticamente todas as festas relevantes de música negra no eixo Rio-São Paulo, e Brasil afora. Se destacam as participações em shows de rappers famosos Marcelo D2, Don Pixote, Helião, os internacionais Busta Rhymes, Afu-Ra e Mos Def. Vale citar ainda sua incursão em terras estrangeiras, no badalado club Sutra, e no Trump SoHo em Nova York.
Mas a guinada da vida que a colocaria no comando das mixagens aconteceria apenas tempos depois, já em fase adulta. Enquanto isso, a moleca cresceu frequentando o circuito hip hop, e se dedicou a uma bem-sucedida carreira de modelo e atriz, que acabaram servindo como treino involuntário pra entidade Dj. Em sua primeira atividade, aprendeu a encarar o público, através das lentes fotográficas, com porte e elegância ímpares. A atuação dramática, por sua vez, exige concentração, entrega e sentimento, assim como uma bela discotecagem. Pergunte ao KLJay, um dos samurais das picapes no país, famoso por rechear seus sets com todos os quesitos acima citados, e grande incentivador de Pathy.
Sua formação oficial, no entanto, se deu entre 2004 e 2008, durante a meia-década em que foi casada com um dos mais geniais brasileiros dedicados àrte do scratch que se teve notícia, o saudoso DJ Primo.
Porém, devo ressaltar que nem mesmo o mais habilidoso mentor é capaz de ensinar a quem não tem capacidade de aprender. Com isso, é evidente que todos os fatos listados até aqui são da mais alta importância, mas tudo isso seria em vão se faltasse o elemento decisivo – o dom pra coisa. Felizmente, não é o caso. Pathy DeJesus tem talento de sobra, e é por essas e outras que posso afirmar, sem sombra de dúvida, que a história da Primeira Dama Dos Toca-Discos está apenas começando.
POR RODRIGO BRANDÃO
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